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Calvin Harris | Amelie Lens | Diego Miranda
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VII Congresso Brasileiro de Geógrafos (CBG)
A AGB e a Geografia brasileira no contexto das lutas sociais frente aos projetos hegemônicos
6 a 12 de julho de 2014 – Vitória/ES
Primeira Circular
O Congresso Brasileiro de Geógrafos – CBG, maior evento da Geografia brasileira, realiza-se a cada 10 anos desde 1954, reunindo geógrafos (estudantes de graduação e pós-graduação, professores da educação básica e do ensino superior, pesquisadores, técnicos e todos aqueles que pensam e agem no mundo a partir da Geografia) de todo Brasil para debater os rumos da Geografia brasileira e da AGB. Em sua VII edição, a se realizar em Vitória/ES entre 6 e 12 de julho de 2014, no Campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo(UFES), Av. Fernando Ferrari, No 514, Goiabeiras, Vitória/ES. O CBG terá como tema “A AGB e a Geografia brasileira no contexto das lutas sociais frente aos projetos hegemônicos”.
No momento histórico que o país atravessa, com grandes manifestações populares que colocam em questão o modelo de desenvolvimento brasileiro, a AGB se soma aos que, nas ruas, nas salas de aula, no seu cotidiano buscam contribuir para a construção de uma sociedade mais democrática, justa e igualitária. Neste sentido, vislumbramos o VII CBG como um processo que abrange temporalidades (i) de balanço dos últimos 10 anos (da entidade, da sociedade e da geografia brasileira), (ii) de projeção de 10 anos para o futuro, e (iii) de um ano e meio de organização do evento. Nesta perspectiva estamos solicitando à comunidade geográfica contribuições para a construção do CBG em torno de três eixos: 1) A AGB e a Sociedade; 2) A AGB e sua institucionalidade; 3) A AGB e a Geografia brasileira.
Para isto, estamos propondo um CBG com as seguintes atividades:
EDPs – Espaços de Diálogos e Práticas
GTs – Grupos de Trabalhos
ESC – Espaços de socialização de coletivos
TCs – Trabalhos de Campo
MRs – Mesas Redondas
Atividades Culturais
Manifestação
Plenárias Políticas
Plenária Final
Assembleia das Locais
Diálogo de Abertura
Estas atividades estarão dispostas da seguinte forma na programação do Congresso:
6 (dom) | 7 (seg) | 8 (ter) | 9 (qua) | 10 (quin) | 11 (sex) | 12 (sáb) | |
Manhã | Credenciamento | EDP | EDP | Trabalho de Campo/ESC | EDP | EDP | Plenária Final |
Tarde | Credenciamento | GT | GT | Trabalho de Campo/ESC* |
GT |
Assembleia das Locais Fórum de GTs Plenária Política |
|
Noite | Abertura | Plenária Política | Mesa | Mesa |
* Nestes dias às 17h serão realizados os jogos semifinais da Copa do Mundo.
A construção coletiva do CBG, iniciada na Plenária Final do XVII ENG em Belo Horizonte e aprofundada nas Reuniões de Gestão Coletiva ao longo do último ano, seguirá o seguinte calendário:
Prazo para envio de Resumos para os EDPs– 07/03/2014
Prazo para envio dos Trabalhos Completos para os EDPs – 05/05/2014
Prazo para Envio de Propostas de ESCs, TCs e GTs – 04/04/2014
Com essa 1ª Circular convidamos a comunidade geográfica a se inserir, através de suas Seções Locais, no processo de construção do VII CBG.
Atenciosamente,
Diretoria Executiva Nacional – 2012/2014
C O N V O C A T Ó R I A
Assembléia
A diretoria da seção local Recife convoca seus associados e associadas, para a Assembléia a ser realizada no dia 18 de Outubro de 2012 (quinta-feira), na sede da local (Av. Professor Moraes Rego, s/n, 6º andar, Centro de Filosofia e Ciências Humanas/Universidade Federal de Pernambuco, Bairro Cidade Universitária - Recife, PE).
A primeira convocação ocorrerá às 17h, com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados e associadas, e a segunda e última convocação às 17:30h, com qualquer número de associados e associadas presentes.
Ponto depauta:
- Eleição da nova diretoria da AGB Recife
Diretoria AGB Recife
Gestão 2010 - 2012
Associação dos Geógrafos Brasileiros seção Recife
seção Recife
Seção RECIFE
EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA DIRETORIA DA AGB SEÇÃO RECIFE
Aos associados e as associadas da AGB/Seção Recife
Em atendimento aos Capítulos IV e V do Estatuto da AGB Nacional que rege sobre o processo eleitoral da entidade, a Comissão Eleitoral convida a todos (as) associados (as) a participarem do processo de eleição de chapa para compor a nova Diretoria Executiva da instituição (seção Recife).
Não há restrições para a inscrição de chapas e de titulação de seus membros, sendo obrigatório estar associado à AGB Seção Recife.
Informamos que todo associado é livre para participar da construção de uma chapa e concorrer ao Pleito. É livre também o número de chapas a serem inscritas.
A chapa deve ser composta, obrigatoriamente, por no mínimo sete associados, para os cargos de:
-
Presidente
-
Vice-presidente
-
Primeiro Secretário
-
Segundo Secretário
-
Primeiro Tesoureiro
-
Segundo Tesoureiro
-
Coordenação de Publicação
É facultativa a apresentação das Comissões, Coletivos ou Grupo de Trabalho (com seus respectivos Coordenadores) na constituição da chapa.
Junto à indicação dos nomes para os respectivos cargos, deverão ser enviadas as Propostas de Gestão, como também a Carta de Princípios.
O período de inscrição de chapas será do dia 27 de setembro a 15 de outubro de 2012.
Conforme normas estatutárias a inscrição deverá ser feita no prazo máximo de antecedência de 72 horas ao dia da eleição. Considerando que não teremos plantões na sede local as propostas de chapas deverão ser entregues em via impressa para um dos membros da Comissão Eleitoral.
A eleição ocorrerá em Assembléia Geral da AGB Seção Recife a ser realizada no dia 18 de outubro de 2012, Associação dos Geógrafos Brasileitos, seção Recife, às 18:30 horas, na sala da AGB – 6º andar, localizada no Prédio do CFCH da Universidade Federal de Pernambuco.
Recife, 27 de setembro de 2012.
Comissão Eleitoral: Claudio Ubiratan Gonçalves Tel.: 9734-7850 Robson Soares Brasileiro Tel.: 9676-1014 Vinicius Gomes de Souza Tel.: (87)9953-0157.
Assembleia da AGB Recife - 27.08.12, às 17hs, na sede da local
Prezad@s,
Convocamos @s associad@s para assembleia da AGB Recife, à realizar-se em 27.08, às 17hs, na sede da local, com a seguinte pauta:
- Informes;
- Avaliação do XVII ENG;
- Prestação de contas;
- Comissão Eleitoral para eleições gestão 2012 - 2014 da diretoria AGB Recife e lançamento do período eleitoral;
- Articulação dos GT's AGB Recife;
- Demais encaminhamentos.
Diretoria AGB Recife
Gestão 2010 - 2012
Moções dos Geógrafos no XVII ENG
Nós Geógrafos reunidos no XVII ENG de Belo Horizonte
Exigimos urgentemente agilidade na formulação do decreto de criação da unidade de Conservação “Reserva Extrativista de Sirinhaém”, para o uso de pescadoras e pescadores artesanais em suas atividades tradicionais no manguezal do estuário do rio Sirinhaém, litoral sul de Pernambuco.
Tal processo iniciou-se me 2006 por demanda das populações locais e se encontra em 2012 no Ministério do Meio Ambiente.
A RESEX é fundamental para garantir o direito territorial e uso tradicional das populações em questão para regularizar o conflito instalado na região.
Para: Ministério do Meio Ambiente; Presidente Dilma.
Nós Geógrafos reunidos no XVII ENG de Belo Horizonte Repudiamos a forma como ocorreu o repasse das terras do Engenho do Tiriri, no município de Cabo de Santo Agostinho, para SUAPE/ Governo do Estado de Pernambuco. O processo teve início em 1964 com um decreto presidencial tornando a área de interesse social para fins de reforma agrária incorporada ao patrimônio do INCRA. Ao longo dos anos o IBRA (atual INCRA) realizu diversos contratos de comodato com a Cooperativa de Tiriri com uma cláusula resolutiva expressa, em que caso estas terras não fossem repassadas aos cooperados em lotes de 10 ha, haveria o cancelamento do contrato. A direção da Cooperativa Tiriri não repassou os 10 ha aos cooperados e vendeu ao Governo do Estado/ SUAPE. Assim apoiamos o “ Declaratório de Nulidade” e o cancelamento imediato das arbitrárias e ilegais desapropriações ocorridas.
Para o Ministério Público
Nós Geógrafos reunidos no XVII ENG de Belo Horizonte Repudiamos a construção do Complexo Industrial Aeroportuário – Polo Ecologítico (PE) em Goiana na divisa Pernambuco-Paraíba que se encontra em fase de diagnóstico sobre a viabilidade de implantação. O mesmo é proposto pelo Governador Eduardo Campos e o Complexo SUAPE e afetaria, se instalado, às comunidades locais, assentamentos e comunidades tradicionais como os indígenas Tabajara e os pescadores artesanais, além dos impactos ambientais.
Para: Ministério dos transportes, comissão dos portos e governo de Pernambuco.
El movimiento de los geógrafos brasileños
Raúl Zibechi
La Jornada
En ciertas ocasiones las universidades, y los universitarios, se apartan del lugar que eligieron para deslizarse hacia la gente común organizada en movimientos, se comprometen con ellos y devuelven a la sociedad parte de lo que ella invirtió en su formación. Cuando esto sucede los resultados suelen ser interesantes, ya que multiplican el esfuerzo por el cambio social, que nunca sucede dentro de los campus sino allí donde transcurre la vida real.
Este semana se realiza en Belo Horizonte el séptimo Encuentro Nacional de Geógrafos, organizado por la Asociación de los Geógrafos Brasileños (AGB), donde unas 7 mil personas, en su mayoría estudiantes y licenciados jóvenes, abordan los principales problemas políticos del país, además de sus propias inquietudes profesionales. La estructura del encuentro, autogestionado por los participantes, y el tipo de debates encarados, muestran que se trata de algo diferente a lo que suele suceder en esos espacios.
Las 20 mesas redondas están ordenadas en torno de siete ejes temáticos: la restructuración en curso del capital, las prácticas educativas de la geografía, Brasil en América Latina, movimientos sociales y resistencias, naturaleza y sociedad, saberes geográficos y luchas sociales, y lenguajes y tecnologías. Además, sesionan grupos de trabajo, se realizan minicursos y se abren espacios donde los colectivos socializan sus investigaciones.
Mención especial merecen los más de 100 Espacios de Diálogos y Prácticas, donde se debatieron horizontalmente alrededor de 3 mil ponencias, con fuerte énfasis en las luchas sociales y políticas del último periodo, ya que el encuentro se realiza cada dos años. Un día de la semana fue dedicado a actividades de campo, para conocer de cerca desde las resistencias populares hasta el avance del capital sobre la naturaleza y la geografía urbana. En suma, fue un encuentro en el que participaron militantes sociales y profesionales comprometidos, algo que no es frecuente en estos tiempos y que, de algún modo, emparenta el movimiento de los geógrafos con el de las agrupaciones estudiantiles argentinas que recientemente realizaron su encuentro anual en Rosario.
¿Cómo fue posible transitar de las corporativas y conservadoras asociaciones profesionales a un movimiento vivo, abierto e incrustado en las luchas sociales? El viraje sucedió en la etapa final de la dictadura militar, en un periodo de fuerte protagonismo estudiantil, obrero y campesino, en el que se crearon la central sindical CUT y el Movimiento Sin Tierra (MST). En ese clima social y político, la reunión anual realizada en Fortaleza en 1978 decidió modificar los estatutos y abrir la asociación a los estudiantes, democratizarla, con lo que comenzó a vincularse de forma estrecha con el movimiento por los derechos humanos de esos años y el debate político nacional.
Desde ese momento la asociación de los geógrafos no dejó de vincularse a las luchas populares, convirtiéndose en referente ineludible. En esa trayectoria colectiva deben destacarse algunas personalidades como Carlos Walter Porto Gonçalves, quien trabajó con Chico Mendes en Acre y cuyo libro La globalización de la naturaleza y la naturaleza de la globalización fue premiado por Casa de las Américas en 2008, así como los casos de Bernardo Mançano Fernández y Ariovaldo de Oliveira, quienes vienen trabajando junto al Movimiento Campesino Sin Tierra. Una gran cantidad de geógrafos están vinculados a movimientos como el que en estos momentos resiste la construcción de la represa de Belo Monte sobre el río Xingú.
Debe destacarse que el movimiento de los geógrafos sigue creciendo a pesar del largo y profundo reflujo que experimentan las luchas sociales en Brasil, como lo muestra la evolución de la participación en los encuentros bianuales. En 2002 participaron 3 mil personas en João Pessoa, en 2004 llegaron 3 mil 800 al de Goiania, para caer a mil 500 en 2006 en la lejana Rio Branco, en el estado de Acre, fronterizo con Bolivia. En 2008 en São Paulo fueron 5 mil personas y 5 mil 500 en Porto Alegre en 2010. Este año en Belo Horizonte hubo 7 mil inscritos.
Lo que no dicen las cifras es la calidad de los debates, sobre todo en los pequeños espacios de intercambio, donde los más jóvenes debaten de igual a igual con las generaciones mayores los desafíos que enfrentan los movimientos de los subalternos en las grandes ciudades, como la militarización de las periferias y la presencia del narcotráfico en las favelas. Me pareció notable la elevada presencia de afrobrasileños en el encuentro, con trabajos brillantes y reflexiones que muestran que la favela, y los movimientos que produce, como el hip-hop, forma parte del espeso entramado de resistencias al modelo hegemónico, en sintonía con la producción de Milton Santos, el más emblemático geógrafo brasileño.
Fueron importantes los debates en torno a las megaobras para el campeonato mundial de 2014 y los Jugos Olímpicos de Río de Janeiro en 2016, que están desplazando cientos de miles de personas de los barrios más pobres de las ciudades para beneficio de un puñado de multinacionales brasileñas de la construcción. Decenas de trabajos y algunos libros acompañan la creación de los comités populares que trabajan junto a los afectados para paralizar las obras y forzar a los gobiernos locales a negociar cambios o mejoras para los desplazados. Los geógrafos aportan desde cartografías hasta una mirada de conjunto que permite comprender la actual fase de acumulación de capital a través de grandes obras que destruyen las tramas urbanas.
Para quienes no somos universitarios y tenemos cierta desconfianza hacia producciones académicas descomprometidas, el Encuentro Nacional de Geógrafos se reveló como un espacio democrático y altamente politizado, donde las decisiones finales se toman en asambleas. Un movimiento que rechaza el hondo individualismo dominante alimentado por un sentido común que considera la universidad como escalera social en vez de servicio comunitario.
Fuente: https://www.jornada.unam.mx/
Associação 2012
Conforme deliberado em última assembleia 15/03/2012, a próxima reunião da Seção Recife será dia 11 de abril de 2012, as 16h, no 6 andar do CFCH-UFPE, sala da AGB.
Aqueles que desejam realizar associação devem comparecer a Sala da AGB nos seguintes datas e horários.
04/04/2012, de 19h as 20h, (Heitor).
05/04/2012, de 14h as 16h, (Saulo).
09/04/2012, de 09h as 10h, (Saulo).
11/04/2012, a partir das 16h na reunião da Seção Recife. (REUNIÃO).
Aqueles que não puderem comparecer nesses horários, favor entrar em contato pelo correio eletrônico da seção. recife@agb.org.br ou agbrecife@gmail.com
AGB Recife
Associação dos Geógrafos Brasileiros
Seção Recife
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA
A diretoria da seção local Recife convoca seus associados e associadas, para a Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 15 de março de 2012 (quinta-feira), na sede da AGB Recife, localizada no 6º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas/UFPE, Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE. A primeira convocação ocorrerá às 14:00, com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados quites e a segunda e última convocação, às 14:30h com qualquer número de associados quites presentes.
PROPOSTA DE PAUTA:
1) Informes
2) Formas e valores de associação
3) Preparativos da Seção Recife ao ENG de BH
Secretaria AGB Seção Recife
Recife, março de 2012.
AGB Seção Recife
Gestão 2010 - 2012
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www.agb.org.br
Associação dos Geógrafos Brasileiros
Seção Recife
CONVOCATÓRIA
Reunião Geral Preparatória ao XVII Encontro Nacional de Geógrafos – PRÉ-ENG.
A diretoria da seção local Recife convoca seus associados e associadas, para reunião geral preparatória ao XVII ENG, a ser realizada nos dias 05 (quinta) e 06 (sexta) de janeiro de 2012, tendo inicio às 09 hs do dia 05/01, na sede da AGB Recife, localizada no 6º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas/UFPE, Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE.
Pauta:
· Informes gerais e sobre o ENG;
· Apresentação da dinâmica de trabalho;
· Discussão e aprofundamento sobre os eixos do Encontro:
1.Reestruturação produtiva do capital: grandes projetos de desenvolvimento e conflitos territoriais.
2.Geografias, políticas e práticas educacionais.
3.Brasil – Latinoamérica - Mundo: Estado, territórios e sociedades em movimento.
4.Movimentos sociais: formas de luta e resistência.
5.Natureza e sociedade: desenvolvimento e contradições.
6.Saberes geográficos e lutas sociais: novas questões, novas abordagens.
7.Geografias, linguagens e tecnologias: apropriações e tensões.
. Encaminhamentos e propostas
. Organização e participação da seção local no ENG, mobilização e logistica.
Recife, 30 de dezembro de 2011.
AGB Seção Recife
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Vazamento de óleo e as praias do litoral pernambucano?
Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco
O título deste artigo pode parecer mau agouro, anúncio precipitado, previsão pessimista, seja lá como se pode interpretar. Todavia temos assistido, com certa recorrência, anúncios de vazamento de óleo no mar, e os impactos desses acidentes na costa do país, que nos levam a imaginar a possibilidade de semelhantes desastres ocorrerem no litoral pernambucano.
Isto porque o complexo industrial portuário de Suape abriga e planeja para futuro próximo, um conjunto de instalações industriais poluidoras e de alto risco, que aumentará assim substancialmente a probabilidade de ocorrências de desastres com vazamentos e, derramamentos de petróleo e derivados. São classificadas como indústrias sujas, estaleiros navais (dois planejados e dois já em funcionamento), termelétrica a gás natural (já em funcionamento) e a óleo combustível (Termelétricas Suape II e Suape III), a Refinaria de Abreu e Lima, que terá sua própria termelétrica, e o projeto do parque de tancagem para armazenar 200.000 toneladas de óleo combustível para atender a anunciada maior termelétrica do mundo, Suape III.
Não se pode continuar fingindo não saber que o uso de combustíveis fósseis (gás natural e petróleo/derivados) na geração elétrica e em outras atividades, da produção ao transporte, é a principal causa do aquecimento global, com conseqüências diretas nas mudanças climáticas e assim na intensificação de fenômenos como inundações, estiagens, extinção de espécies, entre outros. Logo, consumir derivados de petróleo significa devolver para a atmosfera, sob a forma de gases e particulados, uma massa enorme de carbono e outros elementos como enxofre e nitrogênio, que foram retirados desse meio há milhões de anos. Essa massa de petróleo consumida no mundo (em torno de 100 milhões de barris/dia) e gás (aproximadamente 15 bilhões de m3/dia) é quase toda queimada, transformada basicamente em gás carbônico. É uma massa de carbono sem precedentes na história, jogado artificialmente na atmosfera, constituindo-se em um dos fatores de agressão à natureza promovida pela indústria do Petróleo. As agressões ocorrem em todas as etapas dessa indústria.
Segundo estudo realizado pela Academia de Ciências dos Estados Unidas (USA) as atividades navais são responsáveis por 33% dos vazamentos de petróleo no ambiente marino, acidentes com petroleiros 12%, nas instalações terrestres e descargas urbanas 37%, e outras atividades 18%.
Em particular, quando o petróleo chega em uma refinaria se inicia uma nova etapa que se caracteriza por elevados riscos à saúde e de agressão à natureza: a indústria do refino é das mais intensivas na utilização de dois insumos caros à humanidade: água e energia. E a água que utiliza, ao menos no Brasil, ainda é descartada contendo grande quantidade de óleo, além de outras matérias orgânicas e metais. Por serem grandes consumidoras de energia, e em geral serem auto-suficientes neste insumo, as refinarias são grandes consumidoras de petróleo e seus derivados, constituindo-se, portanto, em grande agressora da atmosfera.
Todo o receio de um desastre com derramamento de petróleo e derivados em Suape é justificável. E o alerta é necessário visto que tal acidente afetaria o ecossistema marítimo, colocando em xeque o futuro de comunidades costeiras onde milhares de famílias vivem da pesca, além de afetar as atividades econômicas do turismo na região. Há menos de 10 km do balneário de Porto de Galinhas e de outras lindas praias do litoral Sul, um vazamento de óleo poderia afetar drasticamente toda aquela região.
Daí urge repensarmos este projeto de crescimento predatório em curso no Estado, e discutirmos democraticamente alternativas que utilizem fontes de energia, menos agressoras ao meio ambiente e a saúde publica, e como resolver os problemas básicos que efetivamente afetam aquelas populações como: educação, saúde, transporte, saneamento, moradia, segurança, entre outros.
Para ter acesso ao texto acesse aqui.
CARTA DE ITACURUBA
Nós, cidadãos, cidadãs e entidades promotoras e participantes da Caravana Antinuclear que percorreu, entre os dias 28 e 31 de outubro de 2011, as cidades de Belém do São Francisco, Floresta, Itacuruba e Jatobá, em Pernambuco, ameaçadas pela possível instalação de uma usina nuclear, ao concluir a Caravana, dirigimo-nos às autoridades e a toda sociedade da região, do Nordeste e do Brasil. Através desta carta compartilhamos o resultado destes dias intensos de intercâmbio, aprendizagem e compromisso. Música, poesia, teatro, feira de ciências, fotos, cartazes, oficinas de desenho com crianças, palestras e debates foram oportunidades de informação farta e segura, que o povo da região soube aproveitar, já que não obtém das autoridades.
Uma conclusão cristalina fica da Caravana: O POVO NÃO QUER USINA NUCLEAR! Suas razões, se já eram suficientes após os desmantelos vividos com a megaobra da Barragem de Itaparica, ficaram ainda mais claras com as informações disponibilizadas pela Caravana. Não precisamos da energia termonuclear, porque ela é suja, perigosa e cara. Sob qualquer ponto de vista – social, ambiental, político, econômico e cultural – ela é insustentável e indefensável. Por que retomá-la neste momento, após o acidente de Fukushima, quando a maioria dos países dela desiste? O Programa Nuclear Brasileiro, até hoje desconhecido da sociedade, tem que ser imediatamente suspenso. Neste sentido, apoiamos a recém lançada Proposta de Emenda Constitucional Antinuclear de Iniciativa Popular.
Temos, como nenhum outro país, muitas e diversificadas fontes de energia: biomassa, solar, eólica, das marés – a serem desenvolvidas com respeito às pessoas e ao meio ambiente. Suspeita-se que a motivação da construção das usinas nucleares no Brasil é a produção bélica, nos levando a repudiá-las ainda mais.
O que a nossa região precisa não é de mais uma megaobra problemática, reavaliada e rejeitada pelas grandes potências mundiais, as mesmas que financiam o programa nuclear no Brasil. Carecemos de investimentos públicos como: educação, saúde, segurança, soberania alimentar e hídrica, economia popular e solidária, convivência com o semiárido, agilidade no processo de identificação e demarcação das terras tradicionais, revitalização do São Francisco, dentre outros. Para isso, contem com nosso apoio e participação. USINA NUCLEAR NÃO!
A hora grave vivida pela humanidade e pelo planeta exige de nós, mesmo ao revés de interesses econômicos, posturas éticas, de responsabilidade mútua pelo Bem-Comum das atuais e futuras gerações. A presença ainda numerosa de povos originários nesta região nos possibilita o resgate de suas tradições culturais, junto com a demarcação de seus territórios, para um diálogo intercultural e afirmação de utopias de “um outro mundo possível”, sem a ameaça nuclear.
Itacuruba, 30 de outubro de 2011.
Aldeia da Paz Rio+20/PE - Articulação Antinuclear Brasileira - Articulação Popular São Francisco Vivo (SFVivo) - Articulação e Organização dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME) – Associação Ambientalista da Cidade de Camaragibe/PE - Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF) - Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto (ABREA) - Associação Cultural Arte Ecologia (ASCAE) /BA - Associação de Estudos Costeiros e Marinhos (ECOMAR) - Associação dos Beneficiários do Projeto Miguel Arraes de Alencar/Petrolândia/PE - Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) – Associação Movimento Paulo Jackson - Ética, Justiça, Cidadania/BA - Caritas NE2 – Centro das Mulheres do Cabo/PE - Centro Cultural Comunitário Direito de Ser/Itacuruba/PE - Coalização Brasileira Contra as Usinas Nucleares - Comissão Pastoral da Terra (CPT) - Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité/BA - Comitê Pernambucano para a Rio+20 - Comunidades e Povos Indígenas dos Pankará, Pankararu, Tuxá, Pankararé, Atikum, Neopankararé – Comunidades Quilombolas Negros de Gilú, Poço dos Cavalos e Ingazeira/Itacuruba – Comunidade Quilombola Conceição das Crioulas/Salgueiro/PE - Confraria do Rosário (Remanescentes de Quilombo)/Floresta/PE – Confraria dos Romeiros de Floresta/PE - Conselho Indigenista Missionário (CIMI) - Conselho Municipal de Meio Ambiente/Jatobá/PE - Diocese de Floresta – Eco Vida/Cabo/PE - Ecocentro Bicho do Mato/PE - Executiva Nacional dos Estudantes de Veterinária (ENEV) – Executiva Nacional dos Estudantes de Serviço Social (ENESSO) – Federação Nacional dos Estudantes de Direito (FENED), Federação de Órgãos para a Assistência Social de Educação (FASE) - Fórum de Reforma Urbana de Recife/PE (FERU) - Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB) - Fundação Heinrich Böell - Greenpeace - Grêmio Estudantil Ação Jovem/Belém do São Francisco/PE – Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental (GERMEN)/BA - Igrejas Evangélicas de Jatobá/PE – Instituto Bioeste/BA - Instituto Búzios/BA - Instituto Quilombista/BA - Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá) - Instituto da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA)/Juazeiro/BA – Movimento Ecossocialista de Pernambuco (MESPE) - Movimento Iniciativa Popular Contra Usinas Nucleares - Ong Ideação - Paróquias de Belém de São Francisco, Floresta, Itacuruba e Jatobá/PE - Prefeitura de Jatobá/PE – Projeto para o Semiárido Tacaratu (PROSA)/PE - Rede Ciranda Solidária/PE – Projeto de Educação para uma Cultura de Paz - Rede Brasileira de Justiça Ambiental/Grupo de Trabalho Combate ao Racismo Ambiental - Rede Virtual Cidadã pelo Banimento do Amianto para a América Latina - Secretaria de Educação de Jatobá/PE - Secretaria de Cultura de Itacuruba/PE – Secretaria de Educação de Floresta/PE – Serviço Pastoral dos Migrantes no Nordeste (SPM_NE) - Sindicato dos Professores de Floresta/PE – Sindicato dos Químicos de São Paulo/SP - Cooperativa Agropecuária Familiar do Assentamento Angico II (COOPAFITA) / Itacuruba/PE.
Mais documentos:
NOSSO SERTÃO NÃO MERECE UMA USINA NUCLEAR
Cordel de Climério Lima (Jatobá-PE/outubro-2011)
Lido durante a passagem da Caravana Antinuclear naquele município
Vocês que estão em Brasília
Com as rédeas da nação
Nos gabinetes trancados
Para tomar a decisão
Escutem a voz do povo
Sofrido deste Sertão
Nosso Nordeste é marcado
Por seca, fome, abandono
Para o país um problema
Um território sem dono
E o Sudeste com as riquezas
E as benesses do trono
No passado nós lutamos
Até de armas na mão
Tantas guerras nós travamos
Revoltas, revolução
E produzimos riquezas
Pra engrandecer a nação
Acham pouco, meus senhores
Nossa contribuição?
Usinas no São Francisco
Iluminando a nação
A custa do ribeirinho
Sem direito a irrigação?
Porque querem construir
Nessa terra renegada
Uma usina nuclear
Pelo mundo condenada?
Porque não constroem mais
Hospital, escola, estrada?
Venham melhorar os níveis
Da nossa educação
Melhor salário, emprego
Projetos de irrigação
Proteger o São Francisco
Veia de amor do Sertão
Uma usina nuclear
É um perigo constante
Na União Soviética
Numa explosão gigante
Matou e espalhou câncer
Numa área bem distante
Também nos Estados Unidos
O acidente aconteceu
Fukushima no Japão
Com uma explosão sofreu
Depois de um terremoto
Aquela terra tremeu
O lixo dessas usinas
É um resíduo fatal
Não pode ser reciclado
Jogado em qualquer local
Se posto na natureza
É perigoso e mortal
Esse tipo de energia
É, por demais, perigosa
A causa de uma explosão
É ligeira e desastrosa
A energia do Sol
É muito mais vantajosa
Todos sabem: Temos ventos
Abundantes no Sertão
Para gerar energia
Sem a tal poluição
Essa usina nuclear
É uma contradição
Ao povo de Itacuruba
Pra que não seja enganado
Tem político querendo
Esse projeto aprovado
Pensem: se tiver dinheiro
Quem é o beneficiado?
Eu repondo sem pensar
O povo é quem não é
O dinheiro vai pros ricos
Comprarem carro e chalé
E fugirem da cidade
Quando o perigo vier
A região vai sofrer
Belém, Florest e Jatobá
Petrolândia, Paulo Afonso
Sem dever irão pagar
Se o rio São Francisco
Vier se contaminar
Também a piscicultura
Será bem prejudicada
A morte tomará conta
Da água contaminada
Se isso acontecer
Ninguém pode fazer nada
Projetos de agricultura
Terão que paralisar
Sergipe também Bahia
Preços altos vão pagar
De Pernambuco a Alagoas
Até descambar no mar
O problema, como sempre
Sobra pro povo sofrido
Precisamos nos unir
Criar um grande alarido
Político só tem medo
Do povo que está unido
Desculpem-me pelas rimas
Se não são do seu agrado
Sou um poeta pequeno
Que não quer ver aprovado
Esse projeto maluco
Pelo Governo criado
2º Seminário de Combate ao Trabalho Escravo e Degradante. Tema: UM TERRITÓRIO DE CONFLITOS QUE GRITA POR JUSTIÇA SOCIAL
De 25 e 26 de outubro 2011 no auditório Manoel Correia de Andrade 3º. Andar/CFCH
O LECgeo e a AGB Informa a todos que já estão abertas as inscrições para o II Seminário de Combate ao Trabalho Escravo e Degradante. A inscrição será gratuita e poderá ser realizada previamente pelo telefone do LECgeo (81-2126.7371) ou via e-mail (seminariotrabalhoescravo2011@gmail.com). Dependendo do preenchimento das vagas, a inscrição também poderá ser realizada no dia do evento. As inscrições serão limitadas e darão direito a certificado. Encontra-se disponibilizado formulários de inscrição na sala do LECgeo, onde estaremos realizando a inscrição dos interessados(as). Participarão trabalhadores rurais, Ministério Público e estudiosos da questão.
CONVITE
Dia: 3 de outubro (segunda-feira)
Hora: 19: 30 hs
Local: Auditorio do Sindicato dos Médicos (SIMEPE), Av. João de Barros, 587 - Boa Vista.
AGB Fortaleza promove
Território e Expropriação Capitalista: resistências e conflitos socioambientais no espaço cearense
Eixo Impactos da Copa do Mundo em Fortaleza:
Jersey Olveira - Movimento de Luta em Defesa das Moradias
Matheus Viana - Organização Resistência Libertária
Eixo Educação Básica e as lutas sociais por valorização
Profª Ms. Marília Colares
Eixo Agrohidronegócio no Ceará
Francisco Aquino Júnior - Diocese de Limoeiro do Norte
Informações em https://agbfortaleza.webnode.com.br/
AGB SEÇÃO RECIFE
CONVOCATÓRIA
ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA
A diretoria da seção local Recife convoca seus associados e associadas, para a Assembléia Geral Ordinária, a ser realizada no dia 14 de setembro de 2011 (quarta-feira), na sede da AGB Recife, localizada no 6º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas/UFPE, Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE. A primeira convocação ocorrerá às 17:30, com a presença de 2/3 (dois terços) dos associados quites e a segunda e última convocação, às 18:00h com qualquer número de associados quites presentes.
PROPOSTA DE PAUTA:
- Informes;
- Funcionamento e dinâmica dos Grupos de Trabalho;
- Relação da seção Recife com a DEN e participação na 108ª RGC Nacional;
- Seminário Trabalho Escravo;
- O que houver.
Secretaria AGB Seção Recife
Recife, 10 de Setembro de 2011.
V Simpósio Nacional de Geografia da Saúde e II Fórum Internacional: espaço, ambiente e território nas práticas da saúde
12 à 14 de Dezembro - Recife/PE
Na última década o interesse dos profissionais da Geografia pelas questões da saúde provocou uma retomada na leitura e na realização de pesquisas sobre a temática. O aumento de interessados na Geografia e áreas afins provocou a realização do I Simpósio Nacional de Geografia da Saúde. Desde então, este evento tem se realizado a cada dois anos em locais onde as pesquisas em Geografia da Saúde tem logrado êxito através de professores, pesquisadores e alunos da graduação e pós-graduação. Já foram realizados quatro Simpósios, o primeiro em Presidente Prudente – SP (2003), o segundo no Rio de Janeiro – RJ (2005), o terceiro em Curitiba – PR (2007) e o quarto em Uberlândia – MG (2009). O V Simpósio Nacional de Geografia da Saúde e II Fórum Internacional, a ser realizado em Recife – PE, terá como marco a oportunidade da Região Nordeste evidenciar os trabalhos que tem se realizado nos últimos anos.
Mais informaçõem em https://www.ufpe.br/vgeosaude/
Contato: contatogeosaude2011@gmail.com
Debate Reforma Agrária no Pernambuco
Em 23/08/11 o programa de Aldo Vilela, na Rádio CBN, debateu sobre a Reforma Agrária no Estado de Pernambuco. Participaram do debate Plácido Júnior, da Comissão Pastoral da Terra, Eraldo Souza, da Fetape e o novo superintendente do Incra, Luiz Aroldo. Às e aos que não tiveram a oportunidade de ouvir, segue o arquivo do debate na integra, clique aqui e obtenha.
Saudações,
AGB Recife
APRESENTAÇÃO
RELATOS - EIXOS TEMÁTICOS
seção local Niterói
www.agbniteroi.org.br
email agbniteroi@yahoo.com.br
Tel: 2629-5946 nos plantões.
sede: Instituto Geociências-UFF 5º andar, Niterói, RJ
Movimento Ecossocialista promove Semana Anti Nuclear em Recife/PE
Reforma Agrária: enfrentar o latifúndio e democratizar o campo
Fonte: https://www.vermelho.org.br/
Oito anos e meio após a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, a reforma agrária ainda enfrenta entraves no país. Apesar dos avanços conquistados na área social, a concentração de terra cresceu cerca de 1%, segundo dados divulgados em 2009 pelo IBGE. Com isso, os índices de desigualdade aumentam, a agricultura familiar perde espaço e o setor produtivo no campo sofre desvalorização. Fica para o governo Dilma retomar a questão, apresentando uma política mais efetiva para o problema.
Por Fabíola Perez
Eles acordam e logo cedo já vão para as cooperativas cuidar da plantação. Lá, os pequenos agricultores cultivam arroz, feijão, alface, mandioca, entre outros produtos que compõem o prato dos brasileiros. Mais precisamente, 75% dos alimentos produzidos e consumidos no país vêm da agricultura familiar e 25% ficam por conta do agronegócio.
“O objetivo do agronegócio não é produzir alimentos que vão para a mesa das pessoas, ele está voltado à produção de soja, milho, cana-de-açúcar e carne bovina. Quase 100% dessa produção são destinados à exportação, e o Brasil tem se especializado cada vez mais em produzir essas commodities”, explica o membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Antonio Neto.
De acordo com Neto, a política de reforma agrária que existe hoje no Brasil é uma continuidade dos últimos anos. “Uma política que não enfrenta o latifúndio, não mexe na concentração de terra, que é a raiz do problema”. O coordenador explica que o principal problema do agronegócio é que ele mantém uma estrutura histórica baseada na concentração de renda, de terra, na monocultura e na exportação. “O agronegócio demanda uma grande quantidade de terra especializada e de agrotóxico. O Brasil se tornou um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo. Cada brasileiro consume seis litros de agrotóxicos por ano”, estima Neto.
A política de geração de empregos no campo, segundo Neto, também não é incentivada pelo agronegócio. Ao contrário, com a produção muito mecanizada, um hectare de terra é capaz de produzir apenas um emprego direto. Com a agricultura familiar, explica ele, o número de trabalhadores empregados chega a quadruplicar. “Somos a favor de uma tecnologia que favoreça a produção diversificada”.
Para João Pedro Stedile, membro da coordenação nacional da Via Campesina e também do MST, a necessidade de um programa sério e massivo de reforma agrária para fixar a população no campo e combater o êxodo rural é pujante. O movimento defende um programa de difusão de agroindústrias cooperativas por todo o país, combinado com políticas de produção de alimentos sadios, preservação de sementes e difusão de técnicas agroecológicas, que evitem o uso de agrotóxicos.
Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), David Wylkerson Rodrigues de Souza, a alternativa mais eficiente para promover a reforma agrária no país ainda é a mobilização dos agricultores e uma pressão mais efetiva por parte do governo. “Acreditamos na conscientização das massas, sem atingir direitos de terceiros, mas reivindicando o direito daqueles que querem um pedaço de terra para plantar e produzir”, enfatiza.
Atualmente, cerca de sete milhões de trabalhadores rurais não têm acesso à terra. Para Wylkerson, um dos fatores responsáveis pela má distribuição de terra no Brasil é a falta de vontade e de decisão política. “Só com os instrumentos criados pelo governo não houve muitos avanços. Existe uma desigualdade na ocupação dos espaços de poder, o poder econômico, por exemplo, está nas mãos do latifúndio”, explica o secretário.
Balanço de governo
Embora a concentração de terra tenha sofrido um aumento durante da gestão do ex-presidente Lula, uma das políticas que merece reconhecimento, segundo Wylkerson, é a dos assentamentos. De acordo com o secretário-geral da Contag, a qualidade e a infraestrutura oferecida nos assentamentos evoluiu. “Quando uma área é transformada em assentamento, lutamos para a região ter eletrificação, saneamento básico e condições mínimas para viver”, conta ele. “Nesse aspecto, a política evoluiu bastante. Antes, só se dava a terra para o agricultor se virar, hoje as residências são de mais qualidade”.
Para Wilkerson, foi também durante os últimos anos que os movimentos sociais deixaram de ser marginalizados. “O governo reconheceu a importância da luta política pelo direito à terra e passou a estabelecer um diálogo com os movimentos sociais ”, afirma. Para o próximo ano de governo da presidente Dilma Rousseff, o secretário revela que a Contag terá como desafio a revisão dos índices de produtividade da terra. Com isso, explica ele, a tendência natural é que a concentração de terra diminua e haja um estímulo para o desenvolvimento no campo.
No último mês de maio, o governo lançou o Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema, que pretende contemplar 1,5 milhão de famílias que ainda não têm acesso ao Bolsa Família e vivem em condição de pobreza extrema. Entretanto, para o membro da coordenação do MST, a miséria não será combatida sem a implementação da reforma agrária. “Queremos uma política de geração de empregos que valorize a atuação no campo, que direcione recursos e permita a prática de uma política de agroindustrialização”, defende Neto.
Os números são alarmantes. A sociedade brasileira está entre as dez mais desiguais do mundo. Apenas 5% das famílias mais ricas controlam quase metade de toda a riqueza produzida a cada ano. Um por cento dos grandes proprietários de terra que possuem fazendas acima de mil hectares são donos de 40% de todas as terras do país. É sob este contexto que Neto caracteriza a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) como porta-voz do agronegócio. “A CNA centraliza os maiores produtores rurais, os grandes responsáveis pelas mortes no campo. E ainda quer propagandear que o agronegócio é o responsável pelo desenvolvimento no país”, ressalta.
Agroindustrialização
Para o agrônomo e secretário de Organização do PCdoB-SP, Marcelo Cardia, o Brasil conheceu algumas oportunidades históricas para promover a reforma agrária. “Desde o fim da escravidão, quando a mão de obra deixou de ser escrava, passando pela revolução de 1930 e pelo golpe militar de 1964, até a Nova República, em 1988, a política brasileira criou cenários favoráveis a uma melhor distribuição de terras”, analisa ele.
Segundo Cardia, até a década de 1960 a maioria da população era rural e a minoria, urbana. “No início dos anos 1960, a reforma agrária era necessária para o desenvolvimento das forças produtivas no campo. Após esse período, o capitalismo passa a ser hegemônico, então, a reforma agrária deixa de ser necessária para o desenvolvimento econômico do capitalismo. O capitalismo se desenvolveu no campo e o Brasil é uma potência agrícola”, explica.
Cardia avalia que atualmente a reforma agrária deve ser compreendida não apenas como uma redistribuição de terras. “Antigamente, para se produzir, bastava oferecer a terra e o trabalho. Hoje, é necessário oferecer a terra, o trabalho e os insumos de serviços industriais como, por exemplo, máquinas e sementes. A cadeia produtiva tem uma série de exigências”, pontua ele. “A agricultura faz parte dessa cadeia, que não pode ser tratada de maneira isolada. O seu desenvolvimento depende da indústria e do comércio”, alerta.
É da ideia de que não existe reforma agrária sem um processo de industrialização que nasce o conceito de agroindustrialização. Cardia ressalta que, mesmo com um aumento na concentração de terra, o Brasil desenvolveu sua agricultura. Para ele, o modelo ideal de reforma agrária está baseado na distribuição de terras com base na organização de cooperativas, agroindústrias e na agricultura familiar.
“A terra deve ser parcelada em forma de propriedade familiar, em regime cooperativo, com acesso ao crédito e à técnica, a equipamentos, preço mínimo, seguro agrícola, e direcionada para uma agroindústria avançada, de modo a elevar a qualidade de vida dos trabalhadores e de suas famílias”, defende Cardia.
Sede da CPT é arrombada durante o final de semana
14 de junho de 2011 às 10:22 / São Luís - MA
POR GABRIELA SARAIVA
Durante o último final de semana, a sede da Comissão Pastoral da Terra (CPT), localizada na Rua do Sol, próximo ao Sindicato dos Bancários, foi arrombada. O local foi revirado pelos criminosos, entretanto, nada foi levado.
De acordo com o coordenador da CPT, padre Inaldo Serejo, ele chegou ao local, por volta das 9h30 de ontem, na companhia do padre Clemir Batista e os dois constataram que o estabelecimento havia sido invadido. Na ocasião, os bandidos arrombaram a porta dos fundos do imóvel onde funciona a CPT e reviraram tudo, deixando documentos espalhados pelas salas.
Segundo o padre Clemir Batista, na sede havia vários objetos de valor e de fácil acesso, mas que não foram levados. Entre eles, estavam dois data- show, um notebook, um computador e uma impressora, além de talões de cheques. Ao ser constatado o arrombamento, os coordenadores da CPT acionaram uma viatura da Polícia Militar, que passava próximo ao local, para verificar a situação.
Padre Inaldo informou que procurou a Secretaria Estadual de Segurança (SSP-MA) para comunicar o ocorrido. Ele também afirmou que iria registrar ocorrência no 1° Distrito Policial, no centro de São Luís.
Suspeitas – A CPT coordena o movimento quilombola que, em protesto, permaneceu acampado desde o dia 8 de junho até a última sexta-feira (10), na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Maranhão, reivindicando garantias de segurança para as comunidades e celeridade na titulação de suas terras. Para os dois padres, o caso pode estar relacionado ao protesto do movimento quilombola. “É muito estranho que o arrombamento tenha acontecido logo depois de suspendermos o acampamento, na sede do Incra, e depois de vários manifestantes terem sido ameaçados de morte”, declarou padre Clemir.
Ainda durante o mesmo final de semana, um estabelecimento comercial, localizado ao lado da sede da CPT, também foi arrombado. Entretanto, do local foi furtado um notebook. “Não conseguimos imaginar como alguém tem um trabalho enorme para arrombar uma porta, com a intenção de roubar, e não leva nada. O mais intrigante é que, na loja do lado, ocorreu o mesmo e de lá foi furtado um objeto”, enfatizou Clemir.
Conforme as declarações dos padres, os trabalhadores que estavam no acampamento precisaram ser escoltados para conseguir sair do local em segurança, uma vez que muitos chegaram a ser fotografados por uma pessoa dentro de um carro, e a receber ameaças formais de morte. A greve dos quilombolas foi suspensa até o dia 22 de junho, data em que ficou agendada uma reunião, em São Luís, com a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Quem está por trás das mortes?
Plácido Júnior*
Vimos nos últimos dias a imprensa falada e escrita destacar os recentes conflitos no campo no Brasil. Nenhuma novidade para a CPT e para as vítimas do agronegócio e do projeto do capital. A Comissão Pastoral da Terra, desde 1985, vem prestando um serviço à sociedade brasileira, com o registro e a devida divulgação dos conflitos e violências cometidas contra os camponeses e as camponesas, através de seu relatório anual: Conflitos no Campo Brasil.
As mortes de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, em pleno dia de votação do “novo” Código Florestal, podem ser consideradas, como diz a nota divulgada pela CPT: ”Crônicas de mortes anunciadas”.
Segundo a nota, “de 2000 a 2011, a CPT tem registrado, em seu banco de dados, ameaças de morte no campo contra 1.855 pessoas. De 207 pessoas há o registro de terem sofrido mais de uma ameaça. E destas, 42 foram assassinadas e outras 30 sofreram tentativas de assassinato. 102 pessoas, das 207, foram ou são lideranças e 27 religiosos ou agentes de pastoral”.
Em Pernambuco não é diferente. O setor de documentação da CPT nos informa que, no período compreendido entre 2000 e 2011, a CPT registrou a ocorrência de 52 pessoas ameaçadas de morte. Dentre essas ameaças, uma se concretizou: a de uma liderança indígena da tribo Truká, em 23 de agosto de 2008, no município de Cabrobó.
No mesmo período, ou seja de 2000 a 2011, em Pernambuco foram assinadas 34 pessoas no campo. Dessas, 11 eram lideranças (está incluso aqui duas lideranças indígenas e um dirigente sindical), 11 Sem Terras, sete Indígenas, três Assentados, dois Trabalhadores rurais, um Posseiro e um Assalariado.
O que chama atenção é que a maioria dos assassinatos no campo em Pernambuco ocorreram na Região da Zona da Mata: 18 em um total de 34. Das 52 pessoas ameaçadas de morte entre 2000 e 2011, a maioria se encontra também na Zona da Mata. Das 52 ocorrências de ameaças de morte, 27 foram registradas na Região canavieira, com muitos chamam.
De imediato surge uma pergunta: o que faz esta Região concentrar a maioria dos casos de assassinato e ocorrências de ameaças de morte no campo em Pernambuco, nos últimos dez anos? A concentração de terras, o monocultivo da cana, a impunidade, a não realização de uma ampla e massiva Reforma Agrária, a negação dos direitos básicos aos trabalhadores e trabalhadoras da região, a não garantia dos territórios tradicionalmente ocupados pelos pescadores artesanais e quilombolas. Com certeza, os fartos recursos públicos destinados a esse modelo de agricultura baseado no monocultivo e na concentração de terras tem alimentado a fornalha que mutila e assassina vidas.
A nota da CPT está mais que certa, pois “o que se assiste em nosso país é uma contra-reforma agrária e é uma falácia o tal desmatamento zero. O poder do latifúndio, travestido hoje de agronegócio, impõe suas regras afrontando o direito dos posseiros, pequenos agricultores, comunidades quilombolas e indígenas e outras categorias camponesas. Também avança sobre reservas ambientais e reservas extrativistas”. Quem está por trás das mortes?
* José Plácido da Silva Júnior é geografo e agente da Comissão Pastoral da Terra em Pernambuco
Comissão Permanente de Meio Ambiente/CREA - PE
O CREA PE divulga PROGRAMAÇÃO DO MINI-CURSO/MESA REDONDA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL.
Mais detalhes aqui.
Programação do Mês do Meio Ambiente
CPRH realiza atividades do Mês do Meio Ambiente
Para maiores informações, acesse aqui.
Semana do meio Ambiente UFRB
Semana do Meio Ambiente: Sustentabilidade, Ética e Vida
O Grupo de Pesquisa Educação Ambiental Crítica convida todo comunidade acadêmica para a Semana do Meio Ambiente ustentabilidade, Ética e Vida, uma atividade conjunta entre o CFP/UFRB (GP Educação Ambiental, Especialização Educação do Campo e PET Educação e Sustentabilidade), PM de Amargosa, EBDA, INEMA/Base Ambiental de Amargosa, Centro Sapucaia, Instituto Gambá, Programa Despertar, Campanha da Fraternidade e CETEP.
Mais informações em www.ambientcritico.blogspot.com
Para conferir a programação, acesse aqui.
Mais uma morte anunciada, mais uma morte cumprida no Pará
A história se repete!
Novamente, choramos e revoltamo-nos:
Direitos Humanos e Justiça são para quem neste país?
Carta de denuncia da morte de militantes1
Hoje, 24 de maio de 2011, foram assassinados nossos companheiros, José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, assentados no Projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna – PA. Os dois foram emboscados no meio da estrada por pistoleiros, executados com tiros na cabeça, tendo Zé Claúdio a orelha decepada e levada pelos seus assassinos provavelmente como prova do “serviço realizado”.
Camponeses e líderes dos assentados do Projeto Agroextratista, Zé Cláudio e Maria do Espírito Santo (estudante do Curso de Pedagogia do Campo UFPA/FETAGRI/PRONERA), foram o exemplo daquilo que defendiam como projeto coletivo de vida digna e integrada à biodiversidade presente na floresta. Integrantes do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), ONG fundada por Chico Mendes, os dois viviam e produziam de forma sustentável no lote de aproximadamente 20 hectares, onde 80% era de floresta preservada. Com a floresta se relacionavam e sobreviviam do extrativismo de óleos, castanhas e frutos de plantas nativas, como cupuaçu e açaí. No projeto de assentamento vive aproximadamente 500 famílias.
A denúncia das ameaças de morte de que eram alvo há anos alcançaram o Estado Brasileiro e a sociedade internacional. Elas apontavam seus algozes: madeireiros e carvoeiros, predadores da natureza na Amazônia. Nem por isso, houve proteção de suas vidas e da floresta, razão das lutas de José Cláudio e Maria contra a ação criminosa de exploradores capitalistas na reserva agroextrativista.
Tamanha nossa tristeza! Desmedida nossa revolta! A história se repete! Novamente camponeses que defendem a vida e a construção de uma sociedade mais humana e digna são assassinados covardemente a mando daqueles a quem só importa o lucro: MADEREIROS e FAZENDEIROS QUE DEVASTAM A AMAZÔNIA.
ATÉ QUANDO?
Não bastasse a ameaça ser um martírio a torturar aos poucos mentes e corações revolucionários, ainda temos de presenciar sua concretude brutal?
Não bastasse tanto sangue escorrendo pelas mãos de todos que não se incomodam com a situação que vivemos, ainda precisamos ouvir as autoridades tratando como se o aqui fosse distante?
Não bastasse que nossos homens e mulheres de fibra fossem vistos com restrição, ainda continuaremos abrindo nossas portas para que os corruptos sejam nossos lideres?
Não bastasse tanta dificuldade de fazer acontecer outro projeto de sociedade, ainda assim temos que conviver com a desconfiança de que ele não existe?
Não bastasse que a natureza fosse transformada em recurso, a vida tinha também que ser reduzida a um valor tão ínfimo?
Não bastasse a morte orbitar nosso cotidiano como uma banalidade, ainda temos que conviver com a barbárie?
Mediante a recorrente impunidade nos casos de assassinatos das lideranças camponesas e a não investigação e punição dos crimes praticados pelos grupos econômicos que devastam a Amazônia, RESPONSABILIZAMOS O ESTADO BRASILEIRO – Presidência da República, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, Polícia Federal, Ministério Público Federal – E COBRAMOS JUSTIÇA!
ESTAMOS EM VÍGILIA!!!
“Aos nossos mortos nenhum minuto de silêncio. Mas toda uma vida de lutas.”
Marabá-PA, 24 de Maio de 2011.
1 Universidade Federal do Pará/ Coordenação do Campus de Marabá; Curso de Pedagogia do Campo UFPA/FETAGRI/PRONERA; Curso de Licenciatura Plena em Educação do Campo; Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST/ Pará; Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura – FETAGRI/Sudeste do Pará; Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar – FETRAF/ Pará; Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB; Comissão Pastoral da Terra – CPT Marabá; Via Campesina – Pará; Fórum Regional de Educação do Campo do Sul e Sudeste do Pará.
Vejam o vídeo de sua palestra no TEDx Amazônia.
Transposição do Rio São Francisco: As perguntas de Seu Chico
Em abril, as equipes de CPT de Pernambuco realizaram um encontro sobre os impactos dos “grandes projetos” nas comunidades camponesas. Na ocasião foi visitado o lote 12 da Transposição das águas do Rio São Francisco, em Sertânia – Sertão de PE. Nesta visita conhecemos seu Chico, 65 anos, que teve sua casa destruída, a cisterna inutilizada e estava colhendo água de um lamaçal ao lado do canal da transposição.
Acesse aqui a matéria completa.
Fonte: CPT NE
Do Código Florestal para o Código da Biodiversidade
Aziz Nacib Ab Sáber
São Paulo, 21 de julho de 2010
Em face do gigantismo do território e da situação real em que se encontram os seus macro biomas – Amazônia Brasileira, Brasil Tropical Atlântico, Cerrados do Brasil Central, Planalto das Araucárias, e Pradarias Mistas do Brasil Subtropical – e de seus numerosos mini-biomas, faixas de transição e relictos de ecossistemas, qualquer tentativa de mudança no “Código Florestal” tem que ser conduzido por pessoas competentes e bioeticamente sensíveis. Pressionar por uma liberação ampla dos processos de desmatamento significa desconhecer a progressividade de cenários bióticos, a diferentes espaços de tempo futuro, favorecendo de modo simplório e ignorante os desejos patrimoniais de classes sociais que só pensam em seus interesses pessoais, no contexto de um país dotado de grandes desigualdades sociais. Cidadãos de classe social privilegiada, que nada entendem de previsão de impactos, não têm qualquer ética com a natureza, nem buscam encontrar modelos tecnico-cientificos adequados para a recuperação de áreas degradadas, seja na Amazônia, seja no Brasil Tropical Atlântico, ou alhures. Pessoas para as quais exigir a adoção de atividades agrárias “ecologicamente auto-sustentadas” é uma mania de cientistas irrealistas.
Acesse aqui a matéria na integra.
Ciclo de palestras "A questão Agrária no Brasil"
Local: UFRPE, Sala de Seminário do CEGOE (2º piso)
Organização: UFRPE/DEHIST
Para baixar a programação completa, acesse aqui.
Data: 19.04.11, das 18:30hs às 21:30hs
Tema: A produção de cana de açucar na Zona da Mata pernambuca
Convidado: Maria Riata Machado (USP)
Data: 03.05.11, das 18:30hs às 21:30hs
Tema: A questão do trabalho rural
Convidado: José Plácido da Silva Jr. (CPT/UFPE)
Data: 17.05.11, das 18:30hs às 21:30hs
Tema: São Francisco pernambucano: o poder da transformação
Convidado: Rita Alcântara (UFRPE)
Tema: A questão da terra no Brasil
Convidado: Mariana Zerbone (UFRPE)
Data: 31.05.11, das 18:30hs às 21:30hs
Tema: A paisagem agrária
Convidado: Edvânia Torres Aguiar Gomes (UFPE)
Data: 14.06.11, das 18:30hs às 21:30hs
Tema: Agroecologia em Pernambuco
Convidados: Robson Brasileiro (UFPE), João Ricardo Joventino de Souza (UFPE) e Antoniele Pinheiro (UFPE)
SALVE O RIO SÃO FRANCISCO E SEUS POVOS!
As obras de transposição, as barragens hidrelétricas e as usinas nucleares ameaçam a sobrevivência deles. De 02 a 05 de maio, na Esplanada dos Ministérios em Brasília, os povos indígenas do Nordeste participarão do Acampamento Terra Livre, para denunciar os violentos impactos dos grandes projetos desenvolvimentistas nos territórios sagrados.
CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA MANIFESTAR A SUA SOLIDARIEDADE E ENCAMINHE ESTE EMAIL PARA SEUS CONTATOS
ASSINE A PETIÇÃO DA CAMPANHA OPARÁ
que será entregue durante o Acampamento
https://www.apoinme.org.br/index.php?option=com_jforms&view=form&id=3&Itemid=93
O Rio Opará (Rio-mar para os povos indígenas), conhecido como rio São Francisco, é a fonte de vida mais importante do semiárido do Nordeste brasileiro. Ele hospeda nas suas margens povos indígenas, comunidades quilombolas e pescadores tradicionais que dependem dele para viver.
A exploração desmedida dos seus recursos naturais com a construção das 7 barragens hidrelétricas, junto com os grandes empreendimentos de agronegócio, já diminuíram 70% da vegetação e dos peixes nativos, destruíram o ciclo da vazante que regulava as atividades produtivas das populações.
O projeto de transposição do curso do rio, capitaneado pelo governo brasileiro, é mais uma ameaça a vida do rio e dos povos tradicionais que desde sempre o respeitam e defendem. As águas transpostas serão privatizadas e destinadas ao agronegócio e indústrias, enquanto só o 4% será destinado a população do semiárido.
Nós, 33 povos indígenas impactados, denunciamos todas as formas de agressão ao rio São Francisco e de violação de nossos territórios sagrados, além da transposição repudiamos a construção de mais barragens hidrelétricas, das usinas nucleares e outras grandes obras do PAC.
CONTAMOS COM SEU APOIO!
Assine nossa petição para o Supremo Tribunal Federal, para que seja respeitado nosso direito constitucional ao território tradicional e para que sejamos consultados no que atinge nossas formas de vida.
Clique abaixo para assinar e depois encaminhe este email para seus contatos:
https://www.apoinme.org.br/index.php?option=com_jforms&view=form&id=3&Itemid=93
“Campanha Opará. Povos Indígenas em defesa do rio São Francisco”
https://www.apoinme.org.br
Semana do calouro 2011
AGB Recife
Gestão 2010 - 2012
Chuvas e hipocrisia
Nestas horas em que centenas de pessoas morrem ou ficam desabrigadas em função do desabamento de encostas, enchente e transbordamento de rios, proliferam na mídia textos e entrevistas de “especialistas” que buscam apontar as causas ”naturais” e “antrópicas” que explicariam tais “tragédias”. Alguns destes textos e entrevistas são mais sérios, outros mais oportunistas. Uns mais pontuais, outros mais abrangentes. Alguns mais contundentes na crítica aos governantes de plantão, outros mais benevolentes. Mas, poucos vão fundo na análise do conjunto de questões que estão envolvidos nesta complexa problemática.
O que nenhum texto, entrevista ou declaração que circulou nestes últimos dias disse é que tudo isto tem a ver com o modelo de desenvolvimento vigente no Brasil desde meados do século XX, baseado na modernização acelerada, seletiva e conservadora do campo e da cidade.
E a raiz do problema está na forma acelerada com que se expulsou do campo brasileiro no último século mais de 50 milhões de pessoas. A perpetuação do controle das terras pelo latifúndio e a modernização deste estão na origem da expulsão desta enorme massa de trabalhadores rurais, os quais foram precariamente absorvidos pelas grandes cidades brasileiras. A histórica reivindicação da reforma agrária foi não só negada, como substituída por uma política de incentivo ao desenvolvimento de tecnologias poupadoras de mão-de-obra no campo, levando ao aumento da concentração fundiária e ao desemprego e subemprego generalizados no campo e à conseqüente expulsão de grandes contingentes de trabalhadores rurais para as cidades.
E para onde foram estes trabalhadores? Para as áreas das grandes cidades que não interessavam ao grande capital imobiliário, por conta dos custos de produção mais elevados: as encostas dos morros e as várzeas dos rios. Não porque inexistam espaços urbanos vazios em melhores condições para a moradia destas pessoas, mas porque estes vazios estão controlados pelo capital imobiliário, aguardando a valorização destas áreas. Da mesma forma, há um sem número de prédios e apartamentos vazios nas nossas grandes cidades, mas estes não podem ser ocupados por estas pessoas, pois o “sagrado direito de propriedade” garante o direito dos proprietários de mantê-los vazios, mesmo que isto signifique empurrar milhares de pessoas para morar em áreas “de risco”.
Portanto, o que está raiz das centenas de mortes que se repetem a cada chuva é a propriedade privada!!! Enquanto o direito de propriedade imperar sobre o direito à vida estas tragédias se repetirão. Enquanto a reforma agrária não for feita, permitindo que muitos trabalhadores que foram expulsos do campo tenham o direito de para lá retornar e que outros que ainda lá estão não sejam expulsos, estas tragédias se repetirão. Enquanto a reforma urbana não for feita, colocando à disposição dos trabalhadores os terrenos e as moradias mantidos fechados pelos especuladores urbanos, estas tragédias se repetirão.
É certo que a geografia do Rio de Janeiro favorece a ocorrência de deslizamentos de encostas e transbordamento de rios, mas não é certo que os trabalhadores só tenham a possibilidade de morar nestes lugares, nem que devam morrer por causa disso. É certo que também desabaram encostas onde havia mansões, mas só morreram os pobres. É certo que todos na cidade sofreram com as chuvas, mas o grau de sofrimento é incomparável.
E agora o que vemos se descortinar é mais um exemplo da hipocrisia das nossas elites, através da multiplicação das declarações de políticos e editorias da grande imprensa defendendo a remoção das populações residentes em áreas “de risco” em nome da “segurança destas próprias pessoas”. Trata-se da retomada de uma das práticas mais autoritárias levadas a cabo na construção do espaço urbano de nossas grandes cidades e que longe de proteger “os pobres” acentuou as nossas mazelas sociais. Ou esquecemos que as favelas removidas do entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas deram lugar a prédios de alto luxo enquanto a população que aí residia foi deslocada para lugares como a Cidade de Deus, repleta de problemas de infra-estrutura e internacionalmente famosa pela violência.
Se o propósito é realmente o de proteger os trabalhadores que moram nas “áreas de risco”, então vamos destinar imediatamente para moradia as centenas de prédios – alguns inclusive públicos – que se encontram hoje vazios na cidade e no estado do Rio de Janeiro. Podemos começar pelos da região portuária do Rio, onde há inúmeros prédios e terrenos públicos e privados abandonados...
Mas, não, isso não é possível, afinal esta área já está destinada para os megaempreendimentos imobiliários voltados para a modernização da região portuária do Rio, visando a Copa do Mundo e as Olimpíadas...
A hipocrisia das elites brasileiras é incomparável... E inconcebível!
Paulo Alentejano – Professor do Departamento de Geografia da FFP/UERJ, integrante da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB) e da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA).
Fonte: https://agb-rio.webnode.com.br/news/chuvas-e-hipocrisia-de-paulo-alentejano/
Assassinato na Comunidade de Fundo de Pasto-BA
Antonio Plínio, liderança do movimento pela regularização fundiária das áreas de fundo de pasto, em Monte Santo, Bahia, foi assassinado no dia 6 de janeiro em sua propriedade.
O trabalhador rural Antonio do Plínio é mais uma vítima de conflito no campo. Ele foi assinado no município de Monte Santo – BA e ao que tudo indica resultado de um conflito agrário na comunidade de fundo de pasto da Serra do Bode. Foi morto a tiros e segundo informações ainda não confirmadas, teve a cabeça degolada, num ato de crueldade que deixa pistas sobre a verdadeira intenção dos algozes: silenciar pelo medo os trabalhadores rurais que resistem às tentativas de grilagem das áreas de Fundos de Pasto na região. Antônio do Plínio se destacava como liderança no movimento pela egularização fundiária das áreas de fundo de pasto da região. Ele foi encontrado morto em sua propriedade na noite de 6 de janeiro.
Histórico do conflito
Em 18 de dezembro de 2006 os membros da comunidade de fundo de pasto Serra do Bode, representados pelo Centro de Referência em Assessoria
Jurídica Popular às Comunidades Tradicionais de Fundo de Pasto, Quilombolas e Pescadores Artesanais de Monte Santo – BA e Região (Centro ligado ao Projeto de Extensão da Universidade Estadual de Feira de Santana) requereram à Coordenação de Desenvolvimento Agrário da Bahia o georreferenciamento da área coletiva de fundo de pasto, no intuito de formalizar e regularizar a posse comunitária de 1.028,3885ha.
Em 23 outubro de 2007 a área foi georreferenciada, com ampla divulgação e notificação dos confrontantes, conforme Edital publicado pela Coordenação de Desenvolvimento Agrário – CDA. Até esta data, não houve nenhum questionamento no que se refere ao uso da área para criação de animais por pequenos criadores da comunidade, em regime de fundo de pasto. Não houve também nenhum questionamento dos confrontantes quando ocorreu a discriminatória da área. O título definitivo ainda não foi concedido em razão da determinação da Procuradoria Geral do Estado que nenhum título fosse concedido até que
houvesse adequação ao determinado no art. 178 da Constituição do Estado da Bahia, que indica ser o Contrato de Concessão Real de Uso o instrumento adequado para a titulação das comunidades de fundo de pasto.
Durante o ano de 2009, entretanto, alguns indivíduos passaram a circular pela área coletiva alegando serem proprietários desta. Apesar de alertados de que se tratava de um fundo de pasto, registraram diversas queixas perante o Delegado Local afirmando que membros da comunidade da Serra do Bode haviam “invadido” a área. Após algumas audiências, contando inclusive com a presença do procurador jurídico da CDA, foi esclarecido ao Delegado que se tratava de terra pública, discriminada, e que não havia motivo para conflito.
Entretanto, José Dantas de Andrade, conhecido por “Zezito”, que alegava ser representante do pretenso proprietário da área, não conformado, pôs-se a retirar estacas da mata nativa do fundo de pasto, chegando a um número não confirmado de mais de 300 estacas; a diretoria da Associação Comunitária formalizou queixa de crime ambiental junto ao Instituto de Meio Ambiente do Estado da Bahia – IMA, que fez vistoria no local e expediu multa, em nome do José Dantas, em razão da confirmação do dano.
Em 30 de junho de 2010 a comunidade foi surpreendida com uma medida liminar, expedida pelo Juiz de Direito da Comarca de Monte Santo, determinando a reintegração de posse da área em nome de José Francisco Dantas, indivíduo cuja qualificação no processo indica residir na Pituba, em Salvador, e que apresentou para tanto Escritura Pública lavrada no cartório de registro civil com base numa Ação de usucapião da área. Ocorre que a sentença é datada de 14 de maio de 2009, ou seja, em data posterior a Ação Discriminatória, e nenhum dos confrontantes que pertencem à Associação Comunitária foi citado em decorrência da referida Ação. O Ministério Público também não foi citado na Ação de Reintegração de Posse.
O Centro de Referência ingressou com Agravo de Instrumento perante o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em 24 de setembro de 2010, tempestivamente, tombado sob o nº 70213-0/2010, alegando as razões já referidas acima e anexando toda a documentação referente à Ação Discriminatória promovida pela CDA, além da comprovação da condição de posseiros dos trabalhadores rurais da comunidade. No mesmo sentido,
protocolou contestação na Ação de Reintegração de Posse, tombada na Vara Cível da Comarca de Monte Santo sob o nº 0000307-71.2010.805.0168. Foi solicitada ainda a cópia da Ação de usucapião, de forma a garantir uma Ação Rescisória dentro do prazo legal.
Até o momento, não houve despacho nem no Agravo de Instrumento, tampouco na Ação de Reintegração de Posse no sentido de apreciar/reconsiderar a decisão liminar. José Dantas de Andrade informou na comunidade que levaria um trator para a área para derrubar a vegetação; em reunião (12/11/10) os membros da comunidade informaram que não estavam dispostos a deixar o trator adentrar a área.
Fonte: https://www.cptnacional.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=517:morre-mais-um-trabalhador-rural-em-area-de-conflito-&catid=12:conflitos&Itemid=54
PRE-CUMBRE INTERAMERICANA DE MOVIMIENTOS SOCIALES
A casi un mes de cumplirse un año del terremoto (22F), de aquel desastre natural que produjo una de las catástrofes sociales más brutales de nuestra historia; y también a sólo semanas de haber detenido una de las reformas -en materia habitacional- mas neoliberales de las últimas décadas, interesa hacer un balance. Realizar un compartir de aprendizajes y de experiencias entre los movimientos sociales que participamos de dicho proceso. Entre aquellas fuerzas vivas de una sociedad en movimiento que, con sabiduría ha sabido hacer frente a este nuevo escenario, no sólo defendiendo los avances conseguidos anteriormente, sino también logrando otros nuevos.
Una de las aperturas que se consolidan al interior del movimiento social, es el camino de la Autogestión. Esa opción de vida que toma como propósito ser un sujeto protagónico en la producción popular del hábitat, personas activas en el acto cotidiano de poblar un territorio. Estas experiencias que nacen desde abajo, necesitan ir generando permanentemente institucionalidades sociales que permitan construir una red de seguridad, ayuda mutua y autodefensa colectiva por parte de los movimientos, frente al avance de la agenda de políticas de este mal desarrollo y de estos malos gobiernos. El desafío es construir diariamente este mundo otro. Para ello lo indispensable es la organización y la lucha mancomunada de los pueblos. Por el esfuerzo y la sabiduría de miles hoy somos uno: somos la Federación Nacional de Pobladores.
Es así como la Federación junto la Secretaría Latinoamericana de la Vivienda Popular (SELVIP) y la Alianza Bolivariana para las Pueblos de Nuestra América (ALBA) convocan a una Pre-Cumbre, el 15 de Enero a las 9:00 am con sede en la U. Arcis de Concepción con el objetivo de llegar a la Cumbre Interamericana de Movimientos Sociales (CIMS) en el mes de Agosto del año 2011 en Santiago de Chile. Un espacio de encuentro que nace en el seno de una de las naciones más obedientes del recetario neoliberal y su paquete de políticas públicas. Una cumbre de luchadores y luchadoras sociales que enseñen al mundo su desobediencia y muestra que todo el Sur está por un camino de transformación.
REQUISITOS:
(*) La convocatoria es abierta. Toda persona debe llevar como mínimo tres alimentos no perecibles y, aquellas personas interesadas y que no forman parte de las comitivas de los movimientos federados y/o invitados directamente deben cancelar la inscripción de $3.000.
Inscripciones en: cimschile2011@gmail.com
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Federación Nacional de Pobladores
Cumbre Interamericana de Movimientos Sociales (CIMS)
2011, Chile
CARTA DE SOLIDARIEDADE À OCUPAÇÃO SEM-TETO MARGARIDA ALVES (TRIANON)
O arranjo espacial urbano recifense, no presente momento histórico, reflete um modelo de produção do espaço intrinsecamente ligado aos processos de produção de mais-valia. Esse modelo possui como principais características: a promoção de desigualdades socioespaciais ocasionada pelo regime de propriedade e a distribuição desigual dos bens e serviços necessário à vida digna sobre o espaço.
Neste sentido, apenas as classes sociais mais abastardas e parte dos setores médios, gozam das benesses do viver urbano, protagonizando a construção e organização da cidade, numa postura, muitas vezes, corporativ